
A inclusão social de pessoas com TEA: desafios e perspectivas.
A inclusão social de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) é um dos pontos mais atrasados em toda a evolução e os desdobramentos que o tema possui. Os portadores, familiares e pessoas próximas vivenciam uma verdadeira batalha, dia após dia, em busca de um tratamento digno.
De um lado existe o problema na rede de saúde, principalmente na pública, com a falta de tratamentos e acompanhamento constante dos pacientes portadores de TEA. De outro lado existe o problema da inclusão social que abrange todas as pessoas, dentro e fora dos hospitais.
Sabe-se que mesmo com vários direitos reconhecidos e fixados por meio de lei, ainda não existe essa força quando se fala em inclusão social, ou seja, em uma das fases mais importantes no tratamento fora do hospital e onde as pessoas portadoras de TEA vivem a maior parte de sua vida.
A convivência social é um desafio constante, não só para os portadores, mas também para os pais e familiares que possuem um papel fundamental para conscientizar outras pessoas ao redor, mas ao mesmo tempo encontram-se completamente esgotados psicologicamente para tantos desdobramentos que a doença impõe.
Inclusão social no mundo dos autistas, significa diminuir todas as limitações que eles possuem, como se fosse uma fase de colocar em prática tudo o que é tentado em uma sala hospitalar de tratamento. Mas o que ocorre é um total despreparo das pessoas em qualquer ambiente que tenha uma pessoa autista.
A questão fundamental é enxergar o transtorno como condição humana, favorecendo o incentivo à autonomia, não o afastamento, estranheza e preconceito, como é visto em muitos ambientes que têm um autista.
Quando as pessoas diagnosticadas com autismo participam ativamente da sociedade existe um desenvolvimento claro e muito importante, em contrapartida as pessoas não estão preparadas e demonstram falta de entendimento sobre o transtorno, acreditando que o tratamento existe somente por médicos dentro de hospitais e clínicas especializadas.
É extremamente necessário entender que as pessoas autistas podem e devem participar de atividades sociais, familiares e educacionais na medida de suas limitações, limitações estas que não precisam ser tratadas com estranheza e preconceito pelas pessoas, mas sim com acolhimento, proteção, carinho e cuidado.
Profissionais, familiares e autoridades podem e devem trabalhar constantemente para a conscientização da inclusão social, para que os portadores possam sentir conforto, familiaridade e convivência, como qualquer outra pessoa.